segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Branding - O Poder da Emoção: O Caso Parmalat


Em 1996 a Parmalat lançou no mercado a campanha intitulada "mamíferos parmalat", onde apareciam diversas crianças (entre 03 e 04 anos de idade) vestidos com roupas de pelúcia simulando alguns animais como leão, ovelha, porco, vaca, elefante, rinoceronte, cachorro, gato e outros. Na propaganda tocava uma música enquanto ia mostrando os "bichinhos" que dizia o seguinte:


"O Elefante é fã de Parmalat
O Porco cor de rosa e o Macaco também são
O Panda e a Vaquinha só querem Parmalat
Assim como a Foquinha o Ursinho e o Leão

O Gato mia
O Cachorrinho late
O Rinoceronte só quer leite Parmalat

Mantenha o seu filhote forte “vamo” lá
Trate seus bichinhos com amor e Parmalat

Tomou?"



A propaganda foi um sucesso tão grande que gerou várias paródias e outras propagandas da série, sendo vinculada inclusive em outros países, como a China, tendo a sua própria versão dos mamíferos com animais da região.





Durante os dois anos seguintes,a Parmalat seguindo o sucesso da propaganda lançou uma promoção que virou febre em todo o país. Você juntando 20 códigos de de barras de produtos parmalat com mais R$8,00, poderia trocar por um bichinho de pelúcia da série "mamíferos" que vinha segurando junto uma caixinha de leite parmalat de pelúcia.

Esta promoção foi um estouro e a Parmalat teve de aumentar a produção dos bonecos de 300 mil unidades para 15 milhões. No dia 05 de maio de 1998, foram distribruidos 500 mil bichinhos, sendo considerada a maior troca de "brindes" já feita no país. Depois desta promoção, a empresa se consolidou como uma das três maiores de produtos alimentícios no Brasil, tendo um aumento de faturamenteo de R$ 38 milhões, para R$ 1,87 bilhão por ano.*

No dia 30 de agosto de 2007, a Parmalat lançou a sua nova campanha para anunciar a nova linha de produtos. Para isso ela se utilizou do sucesso adquirido com os mamíferos e resolveu coloca-los novamente nas telas, mostrando o crescimento saudável que tiveram nestes dez anos tomando produtos da linha Parmalat. Para isso, foram chamados novamente todas as crianças que interpretaram os animais originais em 1996 para reviverem os seus papéis na nova propaganda, onde aparecem tentando colocar as roupas originais, que obviamente não servem mais neles.



A música original da propaganda ganhou uma nova versão, mostrando como as crianças cresceram saudavelmente. A parmalat lançou também um hotsite para promover melhor a campanha, disponibilizando papéis de parede com os "mamíferos" e em breve novas diversões e informações para os usuários.

Este é um ótimo exemplo de Branding, onde o cliente está sendo pego pela emoção. Conversando sobre a propaganda com alguns conhecidos, muitos disseram que ao ver a nova propaganda na mídia, quase choraram.

O site Portal da Propaganda traz um artigo falando melhor e junto um vídeo de uma entrevista
exclusiva feita com João Audi, presidente da Parmalat, onde ele fala do intuito planejado para esta nova campanha.


*Informação retirada do site Correio Web

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

O que é Marca?

Comemorando o marco de exato um mês sem publicação, resolvi fazer uma breve atualização tentando mostrar o significado do termo marca. Muitos acreditam que marca é a simples representação visual ou representação gráfica de determinada empresa ou produto. Afirmar isso é errado, visto que marca compreende muito mais do que a representação gráfica de algo, para essa representação, dá-se outro nome, identidade visual.

Então para entender melhor o que é cada um, vou tentar definir (com alguma ajuda bibliográfica, é claro) o que significa realmente cada um destes termos e outros que vão aparecer.

Uma identidade visual é a representação gráfica do nome de um produto, empresa ou serviço. Essa representação pode ser aplicada na forma de um desenho (como a concha da Shell), de um logotipo (como no caso da Coca-Cola) ou da junção dos dois (como por exemplo a identidade da Petrobrás) e deve funcionar em uma série de aplicações como papelaria, cartazes, folhetos, embalagens, etc.

Muitos confundem uma identidade visual também como sendo logomarca. Este é um termo errado que acaba sendo muito utilizado por profissionais da área como forma de explicar melhor para os mais leigos o que seria uma identidade visual, mais especificamente como sendo uma identidade visual que possui um símbolo e um logotipo.

Mas Walter, se isso tudo que eu aprendi durante a minha vida toda não é marca, o que diabos é uma marca???

Vou colar aqui embaixo uma definição retirada do livro Branding - Um manual para você criar, gerenciar e avaliar marcas:

"Podemos dizer que é a união de atributos tangíveis e intangíveis,
simbolizados num logotipo, gerenciados de forma
adequada e que
criam influência e geram valor. Trata-se de um sistema integrado
que promete e entrega soluções desejadas
pelas pessoas."

Ou seja, a marca é mais que a sua representação gráfica, ela abrange toda informação (seja ela visual ou não) que o seu usuário vai receber, como uma boa forma de atendimento, um bom projeto de cunho social, ecológico, ou outro, conceitos que vão atingir o emocional do consumidor. Ou como diz o meu professor, uma boa marca hoje em dia não é aquela que só identifica o produto, mas sim aquela que emociona.

Referências Bibliográficas:

ADG. Glossário de Termos e Verbetes utilizados em Design Gráfico. São Paulo: ADG, 1999

MARTINS, João Roberto. Branding. Um Manual para você criar, gerenciar e avaliar marcas. São Paulo: Global Brands, 2006.

sábado, 14 de julho de 2007

DICA QUENTE - Cor

Pense rápido: Qual a sua cor preferida?

OK, pensou? Legal, mas você sabe os significados que a sua cor preferida podem passar?

Não? Então lá vai uma dica super legal para quem quiser descobrir os significados da cor preferida e de outras cores também.

O site color in motion é um site bem divertido e interativo que fala um pouco sobre as cores, apresentando-as como estrelas de filme onde vc pode ir interagindo diretamente com elas.

Infelizmente o site só tem versão em
inglês e em espanhol, mas isso não tira a sua magia e simplicidade de navegação, que permite que qualquer um possa navegar pelo site sem nenhuma dificuldade.

Quem sabe você consiga então entender depois de conhecer os significados de cada cor o por que de se identificar tanto com a sua cor preferida.

quinta-feira, 12 de julho de 2007

DICAS - Nomes para empresas (2)

Percebi que muitos do que entram neste blog têm procurado por artigos sobre como criar nomes para empresas.

Por este motivo resolvi fazer este breve post complementando o que disse no outro post sobre este assunto.

As dicas publicadas aqui foram retiradas do livro "Grandes Marcas, Grandes Negócios", de João Roberto Martins. Além deste livro, ele escreveu também o livro "Branding", que é uma boa dica para quem quer construir desde o início uma marca de força no mercado. Ambos os livros estão disponíveis para download no próprio site da Global Brands, empresa da qual J.R. Martins é fundador.

terça-feira, 10 de julho de 2007

DICAS - Quanto Cobrar por um serviço de design

Hoje a dica é basicamente voltada para o profissional de Design que não sabe quanto cobrar pelo seu serviço. Acredito que se não todos, pelo menos a grande maioria dos profissionais de design já se perguntaram várias vezes quanto devem cobrar pelo seu serviço, pelo menos eu me incluo neste bolo, hehe.

Mas voltando ao foco principal que é a pergunta "quanto cobrar pelos serviços de design?"
Pensando nisso, a ADG Brasil (Associação dos Designers Gráficos) criou alguns anos atrás uma tabela de honorários que teoricamente resolve essa dúvida que "11 entre cada 10 designers[1]" possuem. Mas como assim a dúvida é resolvida apenas teoricamente? Simples, não podemos considerar a tabela como valores absolutos, muitos fatores podem e VÃO mudar os valores da tabela, como por exemplo o mercado de trabalho em que cada profissional vive.

A própria ADG afirma que não tem a intenção de estipular valores absolutos para todos os profissionais de design ao criar a tabela, conforme podemos ver no texto abaixo:

"Esta tabela foi elaborada como instrumento norteador de preços para projetos de design gráfico padrão com base em preços praticados por associados (atuantes emestruturas de diversos portes, devidamente legalizadas, com respectivos encargos etarifas) da ADG Brasil em São Paulo - de uma forma geral, a região mais desenvolvidaeconomicamente e em termos de variedade de segmentos do mercado de design gráfico.Como as características sócio-econômicas variam de região para região neste nossoimenso e nem sempre equilibrado país, é bastante provável que mesmo com as flutuaçõesde mercado e inflação, haja discrepância entre o que era cobrado em São Paulo em 2002e o que costuma ser cobrado hoje em cenários diferentes. É intenção da ADG Brasil aconstante atualização e ampliação desta tabela REFERENCIAL - ou seja, do que já é cobrado pelos escritórios -, levando em conta as diferentes realidades do país."
(Retirado do site da ADG BRASIL)

Outro fator muito importante que temos de levar em conta é que em muitos locais o mercado do Design ainda não é forte o suficiente e tem de competir com um forte mercado de "Pseudo Designers" (geralmente são aquelas pessoas que acham que basta saber num software de edição e criação de imagens para serem chamados de designers - em breve falarei sobre isso)
e das "gráficas express" que cobram R$15,00 e mais uma coxinha pela criação de um serviço que vale pelo menos 50 vezes o valor cobrado.

Quer dizer então que num local assim eu devo cobrar R$10,00 e mais dois kibes, Walter? Não, é claro que não, neste caso, o profissional de design tem que usar seus conhecimentos e mostrar as vantagens e o motivo pelo qual o cliente está pagando R$ 500,00 reais em um serviço que lá na esquina é feito por R$15,00, lembrem sempre os seus clientes de que muitas vezes o barato sai caro.

Quem quiser a tabela de honorários da ADG, basta clicar aqui, lembrando que estes valores não são fixos, eles pertencem a uma realidade que pode não ser a sua, use-os apenas como base para criar os valores que mais se adequarem ao mercado em que você está inserido.


[1] Dados apenas ilustrativos, pilhas não incluidas.

terça-feira, 3 de julho de 2007

ESTILOS - A Art Déco.

Estou iniciando aqui uma seção onde falarei de alguns movimentos artísticos e de design que tiveram os seus estilos marcados na lembrança da humanidade. Para começar, falarei um pouco sobre o estilo Art Déco e suas características.

Na verdade o Art Déco não é um movimento artístico, mas sim um estilo que afetou a arquitetura, as artes plásticas e o design durante as décadas de 1920 e 1930. Este estilo foi fortemente influenciado pela arte não-ocidental, principalmente as da África e do Egito. O estilo deve seu nome à Exposição Internacional de Artes Decorativas e Industriais Modernas (em francês: Exposition Internacionale dês Arts Décoratifs et Industriels Modernes), realizada em Paris no ano de 1925.

Suas principais características são a interação de formas geométricas, padrões abstratos de zigue-zagues, asnas e refulgências executadas em cores brilhantes e o uso do bronze, marfim e ébano.

O estilo não ficou restrito apenas aos ricos, pois seus artistas usavam muitos materiais novos e baratos como a baquelita, fazendo seus objetos tornarem-se populares e de fácil acesso ao povo com uma decoração moderna e simples sem abrir mão do requinte, diferenciando da Art Nouveau que possuía obras mais rebuscadas.

A arquitetura externa dos prédios, bem como seus interiores suntuosos, desempenhou um papel importante na popularização do estilo Art Déco. Em Nova Iorque, o maior monumento à arquitetura Art Déco é o Edifício Chrysler, de William Van Alen. Esse arranha-céu expressa o glamour da Art Déco tanto em sua decoração interna e externa quanto nas formas. Os pináculos semicirculares foram revestidos com metal Nircosta para criar superfícies que lembrassem a platina (metal preferido da joalheria contemporânea). Outros Exemplos da arquitetura Art Déco, é o Edifício Empire State e o Rockefeller Center, também em Nova Iorque.

Muitos designers famosos, que haviam feito nome com produtos no estilo Art Nouveau, adaptaram seus designs ao novo visual. René Lalique, por exemplo, deixou suas jóias de aparência tipicamente orgânica e passou a confeccionar peças Art Déco em vidro, inclusive emblemas de carros, vidros de perfumes e estatuetas.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

DICAS - Como Criar Um Nome Para a Sua Empresa.

Na hora de criar uma empresa e sua marca, deve-se tomar um cuidado especial na hora de escolher o seu nome, pois ele vai ser um dos fatores decisivos para tornar a sua marca em uma marca de sucesso ou não.

Em tempos antigos, por não haver uma grande concorrência, as cidades serem menores e os relacionamentos estarem condicionados a condiança e experiências pessoais fez com que se tornasse extremamente comum que as pessoas dessem os seus próprios nomes aos seus negócios, pois era uma forma mais simples de estabelecer uma boa comunicação com consumidores e fornecedores.

Mas o mundo mudou, e fazer uma fusão exagerada da identidade do dono com a identidade do produto ou serviço não é mais o melhor caminho para a criação de uma marca, até porque pode ser que uma hora o dono não estará mais no controle da empresa, deixando a cargo de outros profissionais, qualificados ou não, quebrando a identificação que os usuários do produto ou serviço tinham com o dono da empresa.

Além do próprio nome, é também muito comum que as pessoas coloquem o nome do produto ou serviço junto do próprio nome ou de forma independente. É comum encontrarmos por aí inúmeras empresas com nomes como Plastifulano, Eletrociclano e assim por diante. Se você pensou em utilizar este recurso, lembre-se que assim como você achou fácil este nome, vários dos seus concorrentes também acharam e com certeza já estão utilizando, basta olharmos ao nosso redor...

Encontrar um bom nome realmente não é uma tarefa fácil, na verdade ela depende também da sua sorte, iniciativa ou da quantidade de dinheiro que se tem para gastar com uma consultoria especializada. Existem hoje em dia, empresas de consultoria especializadas que podem cobrar até um milhão de dólares para desenvolver um novo nome e, acredite, muitas empresas pagam por isso.

O autor João Roberto Martins, em seu livro "Grandes Marcas Grandes Negócios" nos lembra algumas dicas de como fazer para quem não tem ou não quer gastar uma enorme quantia do capital destinado à criação da marca.

01) Para começar, selecione os 10 nomes que você julgar melhor;

02) Assim que terminar a seleção, pegue esta lista e jogue fora, pois se você os achou interessante, provavelmente os seus concorrentes também já pensaram neles e já estão utilizando;

03) Na falta de recursos financeiros para contratar uma empresa especializada, Troque idéias com amigos (não incluir familiares e sócios) sobre os seus planos e objetivos, dizendo quais são os diferenciais que você possui;

04) Peça que cada um deles escreva três sugestões de nomes e, em seguida analise e descarte os nomes repetidos, refletindo sobre as qualidades dos nomes que restaram;

05) Entregue-os a um agente de propriedade industrial para que façam a busca de viabilidade de registro junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), especificamente para investigar se alguém não terá registrado os mesmos nomes (ou assemelhados) nas classes pretendidas de atuação.

Se no final o nome que sobrar for registrável, você já está na metade do caminho. Mas se mesmo depois de todo este processo não surgir nenhum resultado, parta para a tentativa de criar algo novo que seja realmente original. É bom ter desde o início um cuidado especial com o tamanho do nome, ninguém vai se lembrar de um nome extenso e complicado e, acredite, se não souberem fala-lo e/ou memoriza-lo, ninguém irá se preocupar com isso. João Roberto Martins, ainda no seu livro Grandes Marcas Grandes Negócios elaborou um roteiro simples e eficaz para criar um nome. Ao seguir este roteiro, as chances de se errar na criação de um nome se tornam muito menores do que fazer simplesmente ao acaso.

01) Faça-o curto. Um bom nome deve ser fácil de memorizar. Se as pessoas não tiverem facilidade em memorizar o seu nome, elas não irão fazê-lo. Nomes extensos como Pão de Açúcar, Semp-Toshiba, Sonho de Valsa, Diamante Negro, dentr outros, pertencem a uma época em que havia mais tempo, espaço e oportunidades para ocupar as mentes dos consumidores. Pense no motivo do porquê General Motors é reconhecida como GM, a Hewlett Packard como HP ou a cidade do Rio de Janeiro sendo mundialmente conhecida como Rio;

02) Faça-o simples. Ninguém tem tempo ou paciência para aprender a pronúncia e memorização de nomes complicados e difíceis de falar. Casos como Hewlett Packard, Electrolux, Gessy Lever, Ernst & Young, dentre outros, perdem em simplicidade quando comparados a Arno, Sadia, Ceval, Caloi, Romi, Ambev, Itaú, BBC, TAM, Gol, Nike, etc. Costuma-se gastar muito tempo e dinheiro para impor um nome que seja complicado, especialmente com os altos custos envolvidos na comunicação de massa;

03) Esqueça os jargões. Nomes como Cia. Brasileira de Distribuição, Petrõleo Brasileiro S/A, Mecânica Pesada, Companhia Vale do Rio Doce, American Express, dentre outros são históricos e relevantes, mas soam atualmente muito impessoais, cujo estilo pode gerar baixa simpatia junto aos consumidores. Alem disso você terá que gastar muito dinheiro quando alcançar o sucesso, apenas para explicar o que o seu nome significa ou representa para aqueles que não o conhecem (ou consomem);

04) Evite as tendências. Tendências não duram e tampouco nomes tendenciosos. Houve uma época em que a moda era dar nomes "pseudo-latinos" a quase tudo que se encontrava pela frente. Assim temos uma infinidade de marcas terminadas em "us" (Lexus, Taurus, Nexus, etc.), "is" (Atlantis, Novartis, etc.) ou "a“ (Zeneca, Meca, etc.);

05) Pense no futuro. Em alguns anos as novas tecnologias e a desregulamentação total dos mercados irão provavelmente levá-lo a um ambiente econômico totalmente novo. Seja qual for o seu negócio hoje, o seu nome deve crescer com você e adequar-se às novas possibilidades ou versões do seu negócio. Nomes restritos como Perfumaria Fulano, Banco Tal ou Telefonia Beltrano restringem as novas possibilidades, gerando gastos futuros com as adequações;

06) Evite acentuações. A língua portuguesa é uma das mais belas e complexas do mundo. Nosso idioma pode comportar inúmeros significados para uma mesma palavra, ato multiplicado pela conjunção de palavras e as diferentes formas de acentuação. Assim, "vovó" e "vovô" tem aplicações absolutamente diferentes conforme o acento aplicado na última vogal. Tente fazer com que um americano ou espanhol pronuncie e entenda as diferenças, e você já terá perdido um tempo precioso de negociação para exportar o seu produto ou serviço. Lembre-se do provável impacto da globalização para a sua marca...

Lembre-se também de focar os benefícios do produto, e não a sua tecnologia. Ninguém quer saber como funciona um telefone, mas sim quais os benefícios que ele vai proporcionar na sua vida. O nome deve sempre comunicar de alguma maneira o benefício que o produto ou serviço traz para o seu consumidor.

O nome é o bem mais precioso e valioso que você tem. Tudo pode mudar, mas, pelo seu nome, as pessoas saberão quem você é e onde pode ser encontrado. Um nome adequado pode fazer muito mais do que apenas “carimbar” a sua porta, cartão de visitas ou um talão de notas fiscais. Pense nisso na hora de criar o nome para a sua empresa.

terça-feira, 26 de junho de 2007

O Que é Design?

Hoje em dia podemos encontrar a palavra Design em qualquer esquina que cruzamos, ela está tanto no salão de beleza dos auto-intitulados Hair designers quanto nos grandes escritórios de design. O fato é que esta palavra com o tempo passou a agregar valor ao produto que carrega o termos design no seu nome. O problema é que nem sempre um produto que “contenha” design realmente tenha design, mas então como distinguir se um produto possui design ou não? Afinal, o que é design?

O termo design refere-se à concepção de uma solução prévia para um problema. Mas em uma acepção mais específica, design se refere à profissão da pessoa que projeta. Como tal, tem diversas especializações, de acordo com o tipo de coisa a projetar.

Design é, portanto, um esforço criativo através do qual se projetam todo tipo de coisas, incluindo utensílios, vestimentas, peças gráficas, livros, máquinas, ambientes e (recentemente) também interfaces de programas.

As especializações mais comuns são o design de produto, design gráfico e o design de moda. O design está intimamente ligado às artes aplicadas, à arquitetura, e à engenharia, mas a concorrência profissional muitas vezes leva à animosidade entre essas áreas.

Segundo o teórico de design, Gui Bonsiepe, design consiste no "domínio no qual se estrutura a interação entre usuário e produto, para facilitar ações efetivas". Para o autor, todo design é design de interfaces, no sentido em que o designer não vai projetar a forma de funcionamento do produto (tarefa da engenharia, programação, entre outras áreas de desenvolvimento), mas a interação do produto com o usuário.

Em inglês, a palavra design pode ser usada tanto como um substantivo quanto como um verbo. O verbo refere-se a um processo de dar origem e então desenvolver um projeto de algo, que pode requerer muitas horas de trabalho intelectual, modelagem, ajustes iterativos e mesmo processos de re-design. O substantivo se aplica tanto ao produto finalizado da ação (ou seja, o produto de design em si), ou o resultado de se seguir o plano de ação, assim como também ao projeto de uma forma geral.

O termo inglês é bastante abrangente, mas quando os profissionais o absorveram para o português, queriam designar somente a prática profissional do design. Era preciso, então, diferenciar design de drawing (ou seja, o projeto diferente do desenho), enfatizando que a profissão envolvia mais do que a mera representação das coisas projetadas.

No Brasil, com a implementação do primeiro curso superior de design, por volta da década de 50, adotou-se a expressão "desenho industrial", pois à época era proibido o uso de palavras estrangeiras para designar cursos em universidades nacionais. A disputa sobre uma nomenclatura para a profissão se estendeu por décadas. Atualmente tanto a legislação do MEC para cursos superiores quanto várias associações profissionais usam o termo inglês.

O já citado Vilanova Artigas tentou resolver a questão propondo a palavra desígnio como sendo a tradução correta de design, pois dessa forma, este apresentaria diferenças do simples "desenho". Apesar de ser desenho, o design possuiria algo mais: uma intenção (ou desígnio). Entretanto, apesar das pesquisas realizadas pelo arquiteto, sua proposta não foi adotada. Porém, Artigas considera legítimo também o uso da palavra "desenho" como tradução de design, devido ao seu contexto histórico: Artigas explora os significados da palavra desenho e vai até o Renascimento, quando o desenho possuía um conteúdo mais abrangente que o mero ato de rabiscar.

Outra proposta de nomenclatura era o neologismo projética, proposto por Houaiss, que também não foi adotada.

Na filosofia o substantivo abstrato design refere-se a objetividade, propósito, ou teleologia. O conceito é bastante moderno, e se interpõe entre idéias clássicas de sujeito e objeto. O design é então oposto a criação arbitrária, sem objetivo ou de baixa complexidade.

Como podemos ver, não é fácil achar um significado exato para o termo design, pois existem diversos fatores que podem modificar o seu significado. Tomando como conceito de design o estipulado por Bonsiepe, pretendo fazer neste blog análises de diversos trabalhos de design gráfico, sejam eles bem feitos ou não.