quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A Criação de Personagens e Seus Arquétipos Para Utilização Em Uma Marca


Hoje resolvi voltar a falar um pouco sobre design, já que este é o foco deste blog. As camisetas continuo fazendo, mas agora vc as encontrará no site próprio da Stoza Camisetas.

Faz tempo que venho querendo atualizar aqui, mas este mesmo tempo se tornou um pouco escasso para mim, já que voltei aos estudos e tenho de concilia-los com os trabalhos e um pouco de vida social (quando posso, ha!)

Nestes meus estudos venho (re) aprendendo que design é muito mais que um simples desenho, é técnica projetual, é gestão, é desenho, é tudo isso e mais. Mas vamos deixar isso para outro post mais longo.

É muito bom voltar à academia (por favor, não confundam com academia de ginástica, ok?) e obter novos conhecimentos e relembrar de alguns conhecimentos esquecidos durante este meio tempo entre a faculdade e a pós-graduação.

Na pós-graduação, temos como trabalhos de algumas matérias, escrever um short-paper de uma única página sobre o assunto da matéria que estamos aprendendo, então aproveitarei este espaço do meu blog para colocar aqui alguns destes short-papers que escrevi. O Primeiro desta leva será o da matéria de Psicologia e Criatividade Aplicada, onde aprendemos sobre os arquétipos e vimos as suas ligações com o design. Espero que gostem.

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No livro A Emoção das Marcas, de Marc Gobé, o autor apresenta o conceito de marca emocional, uma marca que está emocionalmente “conectada” com as pessoas, oferecendo – e trocando – novas experiências. O termo emocional quer dizer como uma marca se comunica com os consumidores no nível dos sentidos e das emoções. Isso significa que conhecer as necessidades emocionais e os desejos das pessoas é a chave do sucesso de uma marca. Para se criar uma marca emocional, o gestor de design deve saber como e qual arquétipo utilizar para passar as emoções e experiências exatas ao consumidor, segundo Pearson e Mark (2003: 35) “Os arquétipos enobrecem a vida ao enfatizar seu significado. Por exemplo, uma pessoa se sente atraída por outra sem vivenciar o significado, mas no momento em que ambas se conectam à história de amor, o arquétipo do Amante é evocado e o mundo se enche de vida. Do mesmo modo, você pode se divertir numa viagem cruzando o país, mas se vocë faz essa viagem para encontrar seu pai desaparecido há muitos anos (ou para descobrir a alma de seu país, para se autoconhecer ou em busca de fortuna), o arquétipo do Peregrino ou Explorador é ativado e a experiência se torna plena de significado. De certo modo, o significado arquetípico é aquilo que torna as marcas vivas para as pessoas.". Pretende-se neste artigo mostrar a importância da utilização de personagens e seus arquétipos na criação e utilização de uma marca. Através de uma pesquisa básica realizada em Gobé (2002) e Surrel (2009) nota-se a preocupação que se existe quanto a criação de um personagem e sua importância, seja na literatura ou na hora de compor uma marca. Na literatura tem-se como exemplo a adaptação para o cinema do clássico “A Bela e a Fera”, feito pelos estúdios Disney. Na história original Bela era uma personagem que tinha suas ações ditadas pelas duas figuras masculinas de sua vida (seu pai e a fera), quase como uma devoção cega a essas duas figuras. Este seu arquétipo funcionaria muito bem em um filme dos anos 1950, mas não seria aceito pelo público nos últimos anos do século XX. A personagem precisa sofrer uma nova roupagem para as telas do cinema, fazendo com que o público se identifique com ela, Furrel (2009: 38) então mostra no que a nova Bela se tornou, “É uma personagem forte e independente, que vira de pernas para o ar a ideia de uma princesa tradicional da Disney. No final, a história mostra uma Bela que, em todos os detalhes, é tão importante e tão poderosa quanto a poderosa Fera, com quem compartilha metade do título do filme. Na criação do roteiro, a Bela se tornou um modelo positivo para a nova geração de garotas que adotariam essa personagem e essa história, exatamente como ocorreu na época de Disney, com o modelo apresentado por Branca de Neve e Cinderela.”. Já na área do design, Gobé (2002: 200) mostra como criou uma personagem para a criação da nova marca das Lojas Express, baseada na princesa Stephanie de Mônaco, uma jovem de espírito independente, força de caráter e criativa com uma educação de sangue azul, características primordiais que criariam um vínculo com os clientes que a loja queria: “Criamos um quadro visual que transmitiria de forma imaginativa o estilo de vida dessa cliente potencial, essa personagem pseudocientífica e complexo, como fundamento e inspiração para o nosso trabalho.”. Pode-se concluir com este artigo que a criação de personagens e seus arquétipos está intrinsecamente ligada à criação de uma marca que queira ter uma comunicação total com os seus usuários.

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Referências

GOBÉ, Marca. A emoção das marcas: conectando marcas às pessoas/ Marc Gobé; tradução de Fulvio Lubisco. - Rio de Janeiro: Campus, 2002
PEARSON, C.S. e MARK, M. O herói e o fora-da-lei. – São Paulo: Cultrix, 2003b
SURREL, J. Os Segredos dos Roteiros da Disney: Dicas e técnicas para levar magia a todos os seus textos. – São Paulo: Panda Books, 2009

6 comentários:

D2B Comunicação disse...

Muito interessante o post. Parabéns!

Anônimo disse...

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