sexta-feira, 29 de junho de 2007

DICAS - Como Criar Um Nome Para a Sua Empresa.

Na hora de criar uma empresa e sua marca, deve-se tomar um cuidado especial na hora de escolher o seu nome, pois ele vai ser um dos fatores decisivos para tornar a sua marca em uma marca de sucesso ou não.

Em tempos antigos, por não haver uma grande concorrência, as cidades serem menores e os relacionamentos estarem condicionados a condiança e experiências pessoais fez com que se tornasse extremamente comum que as pessoas dessem os seus próprios nomes aos seus negócios, pois era uma forma mais simples de estabelecer uma boa comunicação com consumidores e fornecedores.

Mas o mundo mudou, e fazer uma fusão exagerada da identidade do dono com a identidade do produto ou serviço não é mais o melhor caminho para a criação de uma marca, até porque pode ser que uma hora o dono não estará mais no controle da empresa, deixando a cargo de outros profissionais, qualificados ou não, quebrando a identificação que os usuários do produto ou serviço tinham com o dono da empresa.

Além do próprio nome, é também muito comum que as pessoas coloquem o nome do produto ou serviço junto do próprio nome ou de forma independente. É comum encontrarmos por aí inúmeras empresas com nomes como Plastifulano, Eletrociclano e assim por diante. Se você pensou em utilizar este recurso, lembre-se que assim como você achou fácil este nome, vários dos seus concorrentes também acharam e com certeza já estão utilizando, basta olharmos ao nosso redor...

Encontrar um bom nome realmente não é uma tarefa fácil, na verdade ela depende também da sua sorte, iniciativa ou da quantidade de dinheiro que se tem para gastar com uma consultoria especializada. Existem hoje em dia, empresas de consultoria especializadas que podem cobrar até um milhão de dólares para desenvolver um novo nome e, acredite, muitas empresas pagam por isso.

O autor João Roberto Martins, em seu livro "Grandes Marcas Grandes Negócios" nos lembra algumas dicas de como fazer para quem não tem ou não quer gastar uma enorme quantia do capital destinado à criação da marca.

01) Para começar, selecione os 10 nomes que você julgar melhor;

02) Assim que terminar a seleção, pegue esta lista e jogue fora, pois se você os achou interessante, provavelmente os seus concorrentes também já pensaram neles e já estão utilizando;

03) Na falta de recursos financeiros para contratar uma empresa especializada, Troque idéias com amigos (não incluir familiares e sócios) sobre os seus planos e objetivos, dizendo quais são os diferenciais que você possui;

04) Peça que cada um deles escreva três sugestões de nomes e, em seguida analise e descarte os nomes repetidos, refletindo sobre as qualidades dos nomes que restaram;

05) Entregue-os a um agente de propriedade industrial para que façam a busca de viabilidade de registro junto ao INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial), especificamente para investigar se alguém não terá registrado os mesmos nomes (ou assemelhados) nas classes pretendidas de atuação.

Se no final o nome que sobrar for registrável, você já está na metade do caminho. Mas se mesmo depois de todo este processo não surgir nenhum resultado, parta para a tentativa de criar algo novo que seja realmente original. É bom ter desde o início um cuidado especial com o tamanho do nome, ninguém vai se lembrar de um nome extenso e complicado e, acredite, se não souberem fala-lo e/ou memoriza-lo, ninguém irá se preocupar com isso. João Roberto Martins, ainda no seu livro Grandes Marcas Grandes Negócios elaborou um roteiro simples e eficaz para criar um nome. Ao seguir este roteiro, as chances de se errar na criação de um nome se tornam muito menores do que fazer simplesmente ao acaso.

01) Faça-o curto. Um bom nome deve ser fácil de memorizar. Se as pessoas não tiverem facilidade em memorizar o seu nome, elas não irão fazê-lo. Nomes extensos como Pão de Açúcar, Semp-Toshiba, Sonho de Valsa, Diamante Negro, dentr outros, pertencem a uma época em que havia mais tempo, espaço e oportunidades para ocupar as mentes dos consumidores. Pense no motivo do porquê General Motors é reconhecida como GM, a Hewlett Packard como HP ou a cidade do Rio de Janeiro sendo mundialmente conhecida como Rio;

02) Faça-o simples. Ninguém tem tempo ou paciência para aprender a pronúncia e memorização de nomes complicados e difíceis de falar. Casos como Hewlett Packard, Electrolux, Gessy Lever, Ernst & Young, dentre outros, perdem em simplicidade quando comparados a Arno, Sadia, Ceval, Caloi, Romi, Ambev, Itaú, BBC, TAM, Gol, Nike, etc. Costuma-se gastar muito tempo e dinheiro para impor um nome que seja complicado, especialmente com os altos custos envolvidos na comunicação de massa;

03) Esqueça os jargões. Nomes como Cia. Brasileira de Distribuição, Petrõleo Brasileiro S/A, Mecânica Pesada, Companhia Vale do Rio Doce, American Express, dentre outros são históricos e relevantes, mas soam atualmente muito impessoais, cujo estilo pode gerar baixa simpatia junto aos consumidores. Alem disso você terá que gastar muito dinheiro quando alcançar o sucesso, apenas para explicar o que o seu nome significa ou representa para aqueles que não o conhecem (ou consomem);

04) Evite as tendências. Tendências não duram e tampouco nomes tendenciosos. Houve uma época em que a moda era dar nomes "pseudo-latinos" a quase tudo que se encontrava pela frente. Assim temos uma infinidade de marcas terminadas em "us" (Lexus, Taurus, Nexus, etc.), "is" (Atlantis, Novartis, etc.) ou "a“ (Zeneca, Meca, etc.);

05) Pense no futuro. Em alguns anos as novas tecnologias e a desregulamentação total dos mercados irão provavelmente levá-lo a um ambiente econômico totalmente novo. Seja qual for o seu negócio hoje, o seu nome deve crescer com você e adequar-se às novas possibilidades ou versões do seu negócio. Nomes restritos como Perfumaria Fulano, Banco Tal ou Telefonia Beltrano restringem as novas possibilidades, gerando gastos futuros com as adequações;

06) Evite acentuações. A língua portuguesa é uma das mais belas e complexas do mundo. Nosso idioma pode comportar inúmeros significados para uma mesma palavra, ato multiplicado pela conjunção de palavras e as diferentes formas de acentuação. Assim, "vovó" e "vovô" tem aplicações absolutamente diferentes conforme o acento aplicado na última vogal. Tente fazer com que um americano ou espanhol pronuncie e entenda as diferenças, e você já terá perdido um tempo precioso de negociação para exportar o seu produto ou serviço. Lembre-se do provável impacto da globalização para a sua marca...

Lembre-se também de focar os benefícios do produto, e não a sua tecnologia. Ninguém quer saber como funciona um telefone, mas sim quais os benefícios que ele vai proporcionar na sua vida. O nome deve sempre comunicar de alguma maneira o benefício que o produto ou serviço traz para o seu consumidor.

O nome é o bem mais precioso e valioso que você tem. Tudo pode mudar, mas, pelo seu nome, as pessoas saberão quem você é e onde pode ser encontrado. Um nome adequado pode fazer muito mais do que apenas “carimbar” a sua porta, cartão de visitas ou um talão de notas fiscais. Pense nisso na hora de criar o nome para a sua empresa.

terça-feira, 26 de junho de 2007

O Que é Design?

Hoje em dia podemos encontrar a palavra Design em qualquer esquina que cruzamos, ela está tanto no salão de beleza dos auto-intitulados Hair designers quanto nos grandes escritórios de design. O fato é que esta palavra com o tempo passou a agregar valor ao produto que carrega o termos design no seu nome. O problema é que nem sempre um produto que “contenha” design realmente tenha design, mas então como distinguir se um produto possui design ou não? Afinal, o que é design?

O termo design refere-se à concepção de uma solução prévia para um problema. Mas em uma acepção mais específica, design se refere à profissão da pessoa que projeta. Como tal, tem diversas especializações, de acordo com o tipo de coisa a projetar.

Design é, portanto, um esforço criativo através do qual se projetam todo tipo de coisas, incluindo utensílios, vestimentas, peças gráficas, livros, máquinas, ambientes e (recentemente) também interfaces de programas.

As especializações mais comuns são o design de produto, design gráfico e o design de moda. O design está intimamente ligado às artes aplicadas, à arquitetura, e à engenharia, mas a concorrência profissional muitas vezes leva à animosidade entre essas áreas.

Segundo o teórico de design, Gui Bonsiepe, design consiste no "domínio no qual se estrutura a interação entre usuário e produto, para facilitar ações efetivas". Para o autor, todo design é design de interfaces, no sentido em que o designer não vai projetar a forma de funcionamento do produto (tarefa da engenharia, programação, entre outras áreas de desenvolvimento), mas a interação do produto com o usuário.

Em inglês, a palavra design pode ser usada tanto como um substantivo quanto como um verbo. O verbo refere-se a um processo de dar origem e então desenvolver um projeto de algo, que pode requerer muitas horas de trabalho intelectual, modelagem, ajustes iterativos e mesmo processos de re-design. O substantivo se aplica tanto ao produto finalizado da ação (ou seja, o produto de design em si), ou o resultado de se seguir o plano de ação, assim como também ao projeto de uma forma geral.

O termo inglês é bastante abrangente, mas quando os profissionais o absorveram para o português, queriam designar somente a prática profissional do design. Era preciso, então, diferenciar design de drawing (ou seja, o projeto diferente do desenho), enfatizando que a profissão envolvia mais do que a mera representação das coisas projetadas.

No Brasil, com a implementação do primeiro curso superior de design, por volta da década de 50, adotou-se a expressão "desenho industrial", pois à época era proibido o uso de palavras estrangeiras para designar cursos em universidades nacionais. A disputa sobre uma nomenclatura para a profissão se estendeu por décadas. Atualmente tanto a legislação do MEC para cursos superiores quanto várias associações profissionais usam o termo inglês.

O já citado Vilanova Artigas tentou resolver a questão propondo a palavra desígnio como sendo a tradução correta de design, pois dessa forma, este apresentaria diferenças do simples "desenho". Apesar de ser desenho, o design possuiria algo mais: uma intenção (ou desígnio). Entretanto, apesar das pesquisas realizadas pelo arquiteto, sua proposta não foi adotada. Porém, Artigas considera legítimo também o uso da palavra "desenho" como tradução de design, devido ao seu contexto histórico: Artigas explora os significados da palavra desenho e vai até o Renascimento, quando o desenho possuía um conteúdo mais abrangente que o mero ato de rabiscar.

Outra proposta de nomenclatura era o neologismo projética, proposto por Houaiss, que também não foi adotada.

Na filosofia o substantivo abstrato design refere-se a objetividade, propósito, ou teleologia. O conceito é bastante moderno, e se interpõe entre idéias clássicas de sujeito e objeto. O design é então oposto a criação arbitrária, sem objetivo ou de baixa complexidade.

Como podemos ver, não é fácil achar um significado exato para o termo design, pois existem diversos fatores que podem modificar o seu significado. Tomando como conceito de design o estipulado por Bonsiepe, pretendo fazer neste blog análises de diversos trabalhos de design gráfico, sejam eles bem feitos ou não.